segunda-feira, julho 17, 2006

Centro de interpretação ambiental da Ponta do Sal

Há cerca de dois anos, vi nascer uma nova construção, mesmo em cima das rochas da praia e o meu primeiro pensamento foi de que algum pato bravo tinha conseguido subornar a câmara.
Engano meu, afinal aquela construção era camarária, voltei a pensar e achei que seria algum edifício público cultural ou qualquer coisa do género…mas quando li o nome afixado no placard, não consegui conter uma gargalhada : Centro de interpretação ambiental da ponta do sal!
Interpretação??? Naquele local?... Só se fosse para ficar na espreguiçadeira, de binóculos, observando a deslocações das gaivotas pois,… é que as gaivotas podem deslocar-se num ângulo de 360º e isso é muito importante ..
Afinal não estaria dinheiro em jogo mas sim sentimentos, o afecto do presidente da câmara pelo afilhado que ocupasse aquele cargo era com certeza inestimável….

Hoje funciona como Café/Restaurante com esplanada em 70% da área, outra sala tem uns cartazes e uma salita de 3x3m tem uma secretária e um computador, deduzo que seja essa salita que dá o nome ao edifício.
Afinal foram mortos 3 coelhos de uma só cajadada, calaram-se os ambientalistas, fez-se o ‘jeitinho’ ao afilhado e ganhou-se dinheiro com a concessão da esplanada.


Para ser franca, acho que a zona até ficou agradável e bem jeito me dá aquela linda esplanada, com algum design (fruto de dinheiros públicos), sossegada e vista desafogada, mas por que raio não chamam aos bois pelos nomes??

16 Comments:

Blogger Teresa Durães said...

Foste tu que não conseguiste ter uma visão futurista... (que raio é uma interpretação ambiental??? Método de entender se os peixes nadam através do computador????)

4:22 da tarde  
Blogger Ahlka said...

Pois é, Ave, também fiquei com a sensação de algo me estar a escapar....Só pode ser por falta de visão ;)
Por enquanto, posso adiantar-te a a interpretação ambiental se baseia muito em gelados e cafés, ainda não percebi muito bem por que tipo de mecanismo, mas acredito que seja óbvio e que esta minha dúvida só se deve a falta de conhecimentos técnico-científicos ;)

8:30 da tarde  
Blogger Teresa Durães said...

lolololol

Mas café à beira mar dá saúde aos golfinhos e aos peixinhos e.. às Aves!!!!

(pelo menos a esta que é altamente consumidora de tal bebida!)

12:33 da manhã  
Blogger jotaeme said...

Ahlka:Nós cá no Porto tb temos cenas dessas!Dou 1 exemplo: Num dos extremos do Parque da Cidade, foi construído um edificio já em plena praia do Castelo do Queijo a que deram o original nome de "edificio transparente" e que até aos dias de hoje não tem tido préstimo algum! Só agora é que me parece que finalmente há um concurso público para reconverter este edifício e lhe dar alguma utilidade! E alguém foi responsabilizado? Aí a tua esplanada, pelo menos tem tido uso...
mas na verdade o nome dado não deixa de ser original...Centro de interpretação ambiental da ponta do sal...quem diria!
Jorgemadureira

10:43 da manhã  
Blogger Pascoalita said...

ahahah eheheh Nina Ahlka, como eu me ri com vontade qdo li este teu post! Sorry, sei k não devia rir com estas coisas, mas é a única forma k encontro pra suster a raiva pq me vem logo à ideia um monte de coisas do msm género.
Mas ... ocorreu-me uma coisa: tu disseste k pensaste só 2 vezes sobre o assunto? Ora, nina Ahlka, não será k devias pensar mais um poukito para entenderes essa definição? é k "invenções" dessas são sempre obras de cabeças pensantes. Coisas k gente como nós não entende :-o)

10:36 da tarde  
Blogger Pascoalita said...

Hummm estive a pensar melhor sobre isso e cheguei à conclusão k o nome pomposo deve ter a ver com algo mto científico ... já tentaste detectar por lá lamegas, tubos de ensaio, pipetas, etc? cá pra mim estão a fazer um estudo profundo sobre o sal. Agora fazem-se grandes estudos em coisas minúsculas, sabes? não se diz k os melhores nutrientes dos alimentos estão na casca? sabe-se lá o k eles não esperam descobrir na "pontinha" dos cristais do "sal" !!!
Hummm cá pra mim, qq dia acordas e vês surgir ali um outro edifício de apoio ao centro eheheh

10:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ahlka (podias ter escolhido um nick mais acessível :)), estive a pesquisar este Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal (podiam ter escolhido um nome menos pomposo, eu hoje estou do contra :)), e o que é que me sai na rifa? Esse Centro foi inaugurado na zona de... Cascais!!!

Ministro do Ambiente, Nunes Correia, e o presidente da Câmara Municipal de Cascais, António Capucho, inauguram hoje o Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal, em São Pedro do Estoril.

Das duas uma, ou não moras onde eu penso, ou mudaste de armas e bagagens para perto de "moi" ou este Centro é tipo polvo, tem tentáculos em tudo que é sítio.

Certo é, que este Centro, por aquilo que li nesta pesquisa, tem como base a divulgação dos valores naturais e culturais daquele território».

Então pensei cá com os meus botões, (neste momento não tenho nenhum pois está muito calor ;))) se por acaso esse "teu" Centro não tem como base o diálogo cultural, entre dois cafés na esplanada, tendo como base de explanação o sexo dos "gambuzinos", ou como o caracol consegue a reprodução sendo ele hemofrodita ou, quiçá, se a figura ao lado de Cristo era Maria Madalena ou Madalena Maria.

Quem sabe o que pode ocorrer nesse centro da Ponta do Sal. Espero bem que os preços praticados estejam de acordo com a cultura adquirida, pois se a cultura se paga, o café que estimula tal, tem que acompanhar a excitação do saber. :))) Tudo de bom

2:01 da tarde  
Blogger Teresa Durães said...

(A Ave nunca fica zangada com as histórias mirabolantes do Legivel!!)

2:11 da tarde  
Blogger Ahlka said...

Ora viva! 'Tou tramada com o calor.... :(

Ave, se fossemos Legíveis, já teriamos tomado café nadando com os peixes através do computador,e muito mais...só com a imaginação como limite :))

Jotabloguer, o nome 'edifício transparente' não me é desconhecido, não sei se de passar ao lado ou pela comunicação social....Não era nesse edifício que iria ser criada uma biblioteca com bar e vista mar? ou estou a confundir com Gaia?

Pascoalita, a minha mente não é suficientemente tortuosa para seguir o raciocínio político. Há coisas que sei por acaso e gostaria de não saber. A santa ingenuidade é um pozinho de felicidade.
Não tenho dúvidas, vai surgir de facto, outro edifício. A cozinha deste já é pequena para tanta refeição servida.. ;)

Marius, costumo dizer que sou de nenhures. Não tendo raizes vincadas em lado nenhum, tenho vários poisos e esse é um deles.
Se estás lá perto, estás convidado a descobrir «os valores naturais e culturais daquele território», ou seja, dito por outras palavras, «um café» :)))
'Ahlka' deriva de Alka, que por sua vez é o diminutivo de Alkaseltzer. Alguém, um dia, me chamou assim e até acho que me caracteriza bem. Sou, de facto, efervescente, mas só por poucos minutos....

5:15 da tarde  
Blogger Teresa Durães said...

Então, não tinha descoberto ainda o Do Livro das Aves? lolololol

Está lá escrito!

Eu adoro escrever histórias!

11:35 da tarde  
Blogger Pascoalita said...

eheheheheh Ahlka, já viste como conseguiste baralhar o Imperador? e como ele tá filósofo, hein? e, eu entendi bem? ele tá todo nuzinho com uma faca na algibeira???? eheheh já num há romanos vestidos de armadura até ao pescoço, como antigamente eheheh

8:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Best regards from NY! texas lotto winning number http://www.used-laptop.info/inkcartridgerefillequipment.html rental property accounting History about brazillan soccer http://www.cherish-perfume-revlon.info/spam-blocker-review-oe.html volkswagen convertible Beach sexy swimsuit phendimetrazine 90 day

5:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Comecei por ler este a narração inicial e confesso que me interessou.
Mas ainda não tinha terminado e já me tinha arrependido de ter começado. E explico porquê; parece conversa de invejoso, repleto de comentários críticos e acusatórios que duvido tenha sabido de fonte fidedigna.
Todos sabemos o que se passa nas Câmaras, mas deviam ponderar quando decidem escrever sobre outrem. Ou então, correm o risco de perder credibilidade, porque escrevem coisas pouco credíveis. Voltando ao assunto, também não sei ao certo o que se passou, mas posso-lhe assegurar que alguns pormenores que descreve têm pouco a ver com a realidade. E garanto-vos que não tenho qualquer interesse, e muito menos defender quem quer que seja.
No entanto, já assisti a alguns eventos muito interessantes neste espaço.
Sinceramente, não sei o que mexe mais comigo; se aqueles que fazem, mesmo que criticável, se aqueles que nada fazem, mas que só criticam.
Deixem de ter este espírito pobrezinho, muito Português, e dediquem-se a fazer qualquer coisa, mesmo que seja criticável, ou têm receio da vossa competência?

5:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

local lindíssimo, pagamos paisagem pois a cafetaria não tem a menor qualidade!!!

6:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sítio muito aprazível e com História. Um bom passeio à beira mar. Lamento o lixo nas rochas,latas, sacos de plástico etc. etc..A Câmara não pode mandar proceder à limpeza, incluvivé à da ribeira?
Deveria ser proíbido o passeio aos cães e aos seu donos que nada se importam com as matérias fecais por eles depositadas.É triste!
Quanto à cafetaria o funcionario é agradável e trabalhador. A CASA está mal gerida e a comida não tem qualidade.

7:19 da tarde  
Blogger Vera said...

Interpretação Ambiental, neste caso, corresponde à observação de caracteristicas do ambiente (faunisticas, floristicas, geomorfológicas, etc), e interpretar o porquê dessas mesmas caracteristicas. Essa interpretação pode ser feita ao longe, do deck por exemplo, onde se pode observar e interpretar a formação rochosa, a erosão costeira, o nível de maré, a orientação das ondas, etc, e através dessa observação, quem sabe, pensar no que o futuro nos reserva com fenómenos de alterações climáticas e subidas de nível do mar. A interpretação também pode ser feita no interior, num espaço que tem um “Touch Tank”, um pequeno aquário, que reproduz à escala o ecossistema das “poças de maré” que existe na Praia das Avencas, e desta forma crianças e graúdos podem tocar em estrelas do mar, ouriços, anémonas, etc, duma forma vigiada, em vez de o fazerem na praia, correndo o risco de prejudicar o frágil ecossistema esta zona protegida.
A vida nesta zona é imensa, que ultrapassa em grande escala um café à beira-mar. É importante que a possamos compreender e preservar, e que possamos transmitir essa preocupação aos mais novos.
Nunca fui a este centro, mas sei que a sua construção foi uma imposição ao abrigo da Lei da Água e do Plano de Ordenamento da Orla Costeira, de modo a salvaguardar a Praia Das Avencas, e toda a Zona de Interesse Biófisico das Avencas através da transmissão de conhecimentos que este centro proporciona.

Vera Gonçalves
Bióloga Marinha

7:13 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home