Fugas para a frente
Viver o presente não é fácil, quantos não passam pela vida iludindo-se com actividades, projectos e objectivos ?
Há várias formas de não enfrentar o presente: refugiar-se numa depressão ou fugir para a frente.
A diferença entre um depressivo e um hiperactivo é meramente fisiológica, ambos receiam o presente.
………
Gostava de abrandar, contemplar.... sei que posso parar, só gostava de saber fazê-lo.
Há várias formas de não enfrentar o presente: refugiar-se numa depressão ou fugir para a frente.
A diferença entre um depressivo e um hiperactivo é meramente fisiológica, ambos receiam o presente.
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Gostava de abrandar, contemplar.... sei que posso parar, só gostava de saber fazê-lo.
posted by Ahlka at 8:27 da tarde
16 Comments:
nem sabes do que falas, Alka....
Sem querer melindrar-te...talvez saiba... ;)
Para já, boa reflexão. E isso é meio caminho andado para saber fazer. Tenho ideias, mas...é dificil aqui descrever num simples apontamento como este. É um longo percurso de reconversão que passa por muitas situações. É possível.
Ahlkinha, sabes k gosto mto de ti e tens de te poupar um pouco, miúda :-)
Podia argumentar que corres o risco de passar pla vida tão rápido k não desfrutas do k ela tem para te oferecer, mas não é por aí ...
sei k pessoas como tu, sorvem cada segundo intensamente... é tudo vivido a um ritmo frenético (as coisas boas e as coisas más).
Mas, se tentares reduzir um nikinho, chegas mais cedo e mais confortavel a cada lugar :-) eu sei k és capaz de passar da teoria à prática.
Sabes, é por esta altura da vida k começamos a encarar as coisas por ordem prioritária. Algumas vão msm de passar pra 2º ou 3º plano. 1 jinho
Ah! a imagem k escolheste diz-me imenso! É-me familiar e até apelativa. Recorda-me situações de k me obrigo permanentemete a fugir. 1 jinho grande
São difíceis de se lidar com estes dois extremos, e no entanto curiosamente, ultrapassá-los passa pelo simples olhar de um olhar, duma onda a rebentar, duma conversa no ar.
O depressivo sem motivação para olhar basta-lhe adiantar um ‘passo’, já o hiper activo sem tempo para o mesmo olhar basta-lhe atrasar o ‘passo’.
Eu tive um professor de filosofia que tinha vivido a depressão ligada à vida de introspecção de ser padre. Quando deixou o sacerdócio, viveu o ritmo frenético duma família de mulher e dois filhos, e ser professor.
Anos mais tarde encontrei-o errante, sozinho, em busca da vida dele, que dizia nunca ter vivido. Se resolveu o problema não sei, sei que parecia feliz.
Beijo
Good morningggg
Por aqui tá um pouco farrusco, mas como amanhã é dia de descanso, té se suporta tudo :-)
há tb quem se refugie no passado ...acontece-me, quase de forma inconsciente :-
Amanhã é dia de "fechar portas" e ... não tar pra ninguém ... ou quase eheheh
Pinto Ribeiro, um dia, quando fôr crescida vou ser assim 'poupadinha de palavras', por enquanto vou debitando :))
Carlos, não se trata de um simples abrandar mas abandonar o vício de 'tapar o sol com a peneira'.
Se calhar o depressivo está em vantagem, pelo menos admite não gostar do presente....
Pascoalita, a imagem é mais uma das minhas telas, está na cabeceira da cama, de costas viradas para o dos escorpiões...e pensando bem, talvez não seja completo acaso...
Jotabê, quando perdemos uma vida, raramente a reencontramos, podemos eventualmente re-escrever um trecho..
O meu avô seguiu o mesmo percurso do teu professor mas acabou por se refugiar no alcool.
"Pascoalita, a imagem é mais uma das minhas telas, está na cabeceira da cama, de costas viradas para o dos escorpiões...e pensando bem, talvez não seja completo acaso..."
De costas para os "escorpiões"? óptimo! melhor posição k essa, só refazendo a pintura ... cabeça bem erguida e enfrentando-os eheheh
bom resto de domingo, ums semanita sem contratempos :-)
Pascoalita: Não, não gostaria de ver o quadro retocado por causa de uma coisa de somenos importância.
Aliás, se não ferrassem, até passariam despercebidos ;)
a depressão pode ser física também não sabias?
e para além da hiperactividade existem outras formas de não se estar quieto. hiperactividade é uma doença neurológia não é uma fuga para a frente. acontece quando a actividade cerebral é muito activada e detecta-se efectuando uns testes. a minha filha fez (não me lembro do nome, mas aquilo é engraçado, é às cores)
Depressões há vários tipos (sei quase tudo o que há sobre o assunto)
A reactiva do foro psicológico
a endógena (recalcamentos, por exemplo)
a física (por exemplo, a dos bipolares)
depois há outro tipo de gente a que se calhar querias chamar de hiperactivos que são os eufóricos ou mania (é o mesmo):
excesso de serotina na transmissão.
a depressão física é falta de captação.
os bipolares têm excesso e falta
por isso são bi (depressão/mania)
nomeu caso por exemplo, e em muitos, são pessoas de capacidades elevadas em termos de inteligência. nada tem a ver com fugas.
devo ter mais lucidez do que muita gente que conheço.
fiz psicoterapia, psicanilise mas saí porque a inteligência das pessoas que me acompanharam não conseguiam acompanhar a minha. parece arrogância mas não é.
estou só a tentar explicar
boa noite
Teresa, eu conheço bem o processo bioquímico farmacoterapêutico e psicosocial da depressão, não era uma abordagem profissional que era aqui pretendida.
Referia-me a atitudes e não a patologias os temos 'depressão' e 'hiperactividade' eram usados no sentido genérico e não clínico, não pretendia fazer a análise de uma patologia mas sim uma reflexão.
então usa expressões mais correctas porque com essas geras estigmas e existem tantos, não são precisos mais, obrigada.
A luta que eu e muitos temos por causa de post e conversas como este nem te passa pela cabeça. Entre não arranjar emprego, tirarem projectos, não subires.
Por isso escrevi. Uns em luta pela igualdade de direitos e outros facilmente a deturparem para quem nada percebe do assunto. Entendes?
Definição leiga dos termos usados :
Depressão= Abatimento físico ou moral.
hiperactivo= Excesso de actividade.
Teresa, um termo tem vários sentidos e nem sempre é usado no sentido clínico. Sei que és bipolar e dificilmente te consegues alhear do conceito clínico, mas não podes viver com a obsessão de que te estão sempre a apontar o dedo.
És bipolar, ok, pronto, ponto final.
Para mim esse facto só serve para entender as tuas alterações de humor, nunca para julgar ou dissertar.
Já fiz uma exposição sobre a doença no seio dum grupo de profissionais, se quizesse teria bagagem para debitar e debitar, mas não o que quiz fazer. Ao escrever este post estava a léguas da patologia.
Solta-te, não vejas farpas onde não as há :)
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