quarta-feira, novembro 08, 2006

CCB Versus F.C.Gulbenkian







Há já uns tempos que não me dedicava à cultura, aconteceu neste fim de semana, num só dia fui a 2 eventos e não pude deixar de fazer um paralelo.
Enquanto na Gulbenkian encontrei um preço simbólico, bar aberto com oferta de águas e cafés, instalações bem conservadas e casas de banho irrepreensíveis, deparo-me no CCB com portas que teimam em não abrir pelo inchaço da madeira, casas de banho de bradar aos céus, preços inflacionados (4€ por uma talassa, vendida a 1€ na costa), instalações já com visíveis infiltrações….enfim, apesar de construção recente, a acusar já algum desleixo.

No que se terá transformado o CCB quando atingir a idade de F. C.Gulbenkian?
Só me ocorre uma pergunta, será que a diferença está na gestão (privada na Gulbenkian, estatal no CCB) ou no orçamento da cada uma das instituições?

Só gostava de ter acesso às duas contabilidades para soltar a minha má língua ;)

15 Comments:

Blogger Teresa Durães said...

posso dizer. O Min. Cultura (por acaso não sabia que o ccb era estatal) levou um corte orçamental que nem te passa pela cabeça. A gulbenkian tem por detrás uma companhia petrolífera. Mais alguma pergunta?

eheheheheh

12:48 da manhã  
Blogger Teresa Durães said...

Um exemplo do corte orçamental: nesta altura do ano já não há dinheiro para comprar DVD's virgens para gravar coisas que nos pedem para vender (e ganhar mais do que se gasta).

Os computadores que utilizamos alguns ainda são Pentium II.

(o meu portátil em casa - comprado por mim, claro - é melhor e mais rápido que o pc do emprego e eu tenho um bom lá porque sou de informática - porque preciso)

Se visses a qualidade do monitor ... ou um oftalmologista...

Os cortes que o Governo está a fazer deviam ser feitos nas autarquias mas aí perdem-se votos...

12:51 da manhã  
Blogger calbertoramos said...

Aplauso!!!

1:18 da manhã  
Blogger Ahlka said...

Teresa,Não têm dinheiro para comprar um DVD virgem??? Queres melhor prova de má gestão?
Um bom gestor, tem simplesmente de saber gerir o orçamento que tem. Se tiver um corte a meio, só tem que fazer uma coisa: redefinir todo o seu plano de gastos de forma a NUNCA faltar o essencial.
Continuo a querer comparar as duas contabilidades, porque desconfio que a diferença não está no orçamento, mas sim na gestão.
Sabes quanto custa arranjar uma porta? Sabes quanto custa um café a preço de custo?
Insignificâncias.
Um bom gestor tem de ter presente as pequenas coisa, se se preocupar só com a ‘conjunturasocioeconómicainseridanocontextointernacionaleantropológicodacultura’ pode ser muito zen, mas é um mau gestor, no ‘privado’ não há espaço para gestores desses mas no ‘público’, continuam, infelizmente a proliferar.

10:44 da manhã  
Blogger carlosrocha said...

Um sorriso encantado pela tua resposta.
Mas, um gestor só preocupado com a conjunturasocioecon...não é zen, é muito mais marxista.

11:24 da manhã  
Blogger Ahlka said...

Carlos, tens de me explicar a teoria marxista, assim como se eu fosse uma criança de 5 anos...

Nunca consegui, apesar de, naquilo que seria um 10º ano, ter apresentado um trabalho acerca da vertente filosófica e económica do marxismo.
Se fiz, apresentei e tive boa nota num trabalho que não percebi, fica aqui a prova de que nem sempre sabemos o que estamos a dizer ;)

12:26 da tarde  
Blogger Bandida said...

pois,pois...






prefiro sempre a Gulbenkian.


...

abraço!
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10:15 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ahlka: Já agora faço-te uma sugestão: Vem ao Porto e passa pela Casa da Música!
Quanto a essas coisas tristes de pormenor e de fáçil resolução, é apenas um sinal da nossa inércia por manter os equipamentos em bom estado de conservação.
Claro que a gestão deve ser feita sempre com os recursos que tivermos e usar um pouco mais a imaginação e criatividade para resolver as coisas!
Ah Portugal, Portugal que estás a patinar, sem patins...
Abraço
Jorgemadureira

10:39 da tarde  
Blogger Pascoalita said...

Ahlka, mas k tema este, menina!
qtos exemplos me apetece dar-te.

Bem, não conheço o CCB, nas instalações da Gulbenkian entrei uma unica vez há mtos anos, mas é claro k qq imóvel construído nos últimos 20 anos fica mto aquém em termos de qualidade do k se fazia antes.
Um exemplo é um apartamento k possuo em Lisboa, perto do cais oriente. Tens mais de 40 anos, os acabamentos de 3ª qualidade, mas em termos de estrutura do prédio (um edifício de 8 andares), é opinião de quem sabe do assunto ser mto superior aos prédios da zona luxuosa Vasco da Gama.

11:44 da tarde  
Blogger Pascoalita said...

Ahlka, sobre má gestão, e só posso falar da estatal por ser a que conheço, o que se passa na minha chafarika é de bradar aos céus!!! é raro o dia que eu não "pico" colegas no sentido de em conjunto denunciarmos algumas situações que se passam sob os nossos olhos e todos permanecemos passivos.
Olha só um exemplo:
Há pouco mais dum ano, foi remodelada uma ala do edifício, cerca de 200m2 k antes era destinada exclusivamente a arquivo. Foi transformada em salas destinada a funcionários cujo trabalho que desempenham exige a permanência nessas instalações 7 horas/dias.
Trata-se duma zona interior do edifício, no r/c, cuja parede, por razões que facilmente adivinhas, não possui uma única janela! Uma a uma, as secções a quem foram destinadas, foram-nas rejeitando por não terem condições humanas (eu própria trabalhei ali uns meses). CONSTA QUE ALI FORAM GASTOS MAIS DE 30 MIL CONTOS HÁ PPOUCO MAIS DUM ANO!!!

Actualmente, estão a escavacar tudo de novo!!! Segundo apurei, alguém inteligente chegou agora à conclusão de que as “salas recentemente remodeladas” não servem para humanos trabalhar e como existem várias salas no 2º andar ocupadas com enormes aparelhos (estes não são humanos, não precisam respirar nem ver a luz do dia) que podem ocupar o dito espaço, esses vão transitar para o r/c.
Acontece que para isso, e devido ao tipo de função a que está inerente esse equipamento, há a necessidade de revestir todo o espaço de modo a torná-lo à prova de som e não só. Daí que todo o espaço (6 salas) está neste momento de pantanas!!!
Agora vem a parte pior: as salas eram independentes e davam todas para um corredor. Neste momento foram destruídas todas as paredes e fica um espaço amplo com uma única porta!!! Eu não sou arquitecta, não entendo nada de obras, mas já há quem comente que mto em breve irão chegar à conclusão de que é contraproducente todo aquele espaço ficar confinado a uma única porta!!! Até por razões de segurança.
Seria num tipo de manifestação ou denuncia destas situações em que eu me envolveria, mas só vejo alguém agir e unir-se quando se trata de garantir ou defender regalias ou interesses pessoais.
Enfim, tocaste num tema k daria para explanar aqui tema pra muito tempo.
1 jinho de boa noite

12:20 da manhã  
Blogger Unknown said...

Mas achas que precisas de ter acesso às contabilidades para chegares a uma conclusão?

Oh rapariga, as inércias estão montadas e instituídas já há muito tempo, em qualquer instituição pública, por muita boa vontade e profissionalismo que se tenha, são virtudes que vão esbarrar no poder enraizado, a filosofia é, aproveitar ao máximo o dinheiro “órfão”, ou seja, é de todos nós, ou seja ainda na realidade não é de ninguém.

Já no privado, logicamente o processo é inverso, o dinheiro tem “pais”, ou seja, é de alguém que o preza e o investe da melhor forma, mas acima de tudo, está presente um processo de gestão, onde o apurar de responsabilidades nos actos danosos, é uma realidade, com as devidas consequências associadas.

Do outro lado, impera um autêntico sistema de impunidade, e as comissões, direcções, gabinetes, etc. que proliferam na gestão pública, são compostas por autênticos gatunos, oportunistas de fraque, que se acobertam, e diluem, mais os seus actos perversos, duma imagem de poder, chamada estado, que conluie hipocritamente com tudo isto.

Beijocas

2:38 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Posso entrar??? não ouço a palavra entre!!!!Mas arrisco... Ah o centro cultural de belém?? Já lá estive a ver uma senhora ´Agueda sena a contar histórias para crianças..e depois?' daqui a anos aquilo vai ser nada mais nada menos que a casa de J Sócrates, acertei????Pois ele sabe-a toda de cor e salteado!!Ora aguardemos!! jinhos

5:08 da tarde  
Blogger Ahlka said...

Jorge, não conheço a casa da música por dentro, mas de fora está um espectáculo. Já tinha reparado na arquitectura da casa da música quando ainda estava em construcção, servia-me de referência para virar para a av. da Boavista.
Sei que tem defeitos de concepção, mas é lindaaa :)
Pascoalita é o que diz o Jotabê, dinheiro orfão é dinheiro 'fácil' de delapidar.

Jotabê, nem mais. Também tenho essa convição, a minha pergunta era mais diplomacia do que dúvida.

Tiazinha, a porta só está encostada por causa do frio, é só empurrar :)

Josefa Pacheca, tá toda janota, ai se eu fosse homem... :))

12:29 da manhã  
Blogger Teresa Durães said...

Alka: Na FP não se gere como no privado. Há regras que se desconheces, informa-te. Tens quilos para te guiares.

10:52 da tarde  
Blogger Ahlka said...

Teresa, fiz estágio de fim de curso num estabelecimento público, logo conheço essas regras. Foram essas regras que me fizeram, na altura, recusar o cargo que então me ofereceram nesse mesmo estabelecimento.
Razão da minha recusa : Não queria acabar como aquelas colegas...

São opções :)

10:06 da tarde  

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