quarta-feira, novembro 29, 2006

Aborto S/N

Um dia destes os meu olhar fixou-se num cartaz com o seguinte contéudo:
«Eu aborto
Tu abortas
Ela aborta
Nós abortamos
Vós abortais
Elas abortam»

As campanhas do sim e do não andam meio baralhas…
Se não está em causa a liberalização, mas sim a despenalização do aborto, por que raio conduzem as campanhas, como se de liberalização se tratasse!?
Acho que não existe um sim ou um não, mas sim um consenso.

Sou a favor da despenalização, sou contra a liberalização e são cartazes destes que me fazem ficar em casa no dia de ir às urnas.


PS. Por acaso fica aqui registado um cartaz do Sim, mas o mesmo erro é válido para a campanha do Não.

sábado, novembro 25, 2006

História real

Uma senhora de uma certa idade estava na farmácia a ser atendida mas não percebia nada, até que a certa altura adianta:
- Não oiço nada, tenho de tirar o algodão que tenho nos ouvidos…
- Algodão?
- Sim, tive de colocar algodão porque tenho andado a ouvir músicas.

Tira o algodão e estica o pescoço para aproximar o ouvido da funcionária.
-Está a ouvir?... bem bonita por sinal, mas muito alta, tive de colocar algodão, porque se alguém ouve ainda vai achar que estou maluca.


A história é verídica, a senhora não vivia preocupada com o facto de ouvir música, mas sim com o que os outros podiam pensar dela. Para além de uma boa gargalhada, retirei daí duas ilações:
-A realidade é função dos olhos que a vêem.
-O Sartre tinha razão, o inferno é o olhar dos outros.

terça-feira, novembro 21, 2006

Como, quando, porquê??


O Estado pagou 350.000€ (TREZENTOS E CINQUENTA MIL €, ou seja SETENTA MIL CONTOS) a uma empresa de consultadoria, para saber como tinha corrido a última época de fogos. Ficou a saber que houve mais ocorrências e menos área ardida, logo correu melhor do que no ano anterior. António Costa, justifica o recurso a uma entidade externa com a necessidade de obter uma conclusão isenta ...
Só isso? Porque não me perguntou a mim, entidade externa e isenta, que eu dizia logo e por metade do preço!
Bem, se fosse necessário dizê-lo em quinhentas folhas, também se arranjava palha para isso. E mais! Até o podia fornecer já lido e rubricado.

Na hora em que ele teve esta ideia luminosa, eu estava mesmo no local errado… :(

quarta-feira, novembro 15, 2006

Querido Hacker

Na 3ªfeira, ao entrar no meu blog, deparei-me com um tradutor altavista.
Achei piada mas ao mesmo tempo fiquei apreensiva por saber que podiam entrar no meu sistema e modificá-lo.
Passados 2 dias sem tradutor, ponderei e …que se lixe a apreensão! Ora, recoloca lá ‘aquela coisa’...

Que ê cá agradeço e até peço a Deus que te pague,

Ahlka

sábado, novembro 11, 2006

Crueldade Humana





Um dia destes recebi um mail de um amigo alertando para o desenvolvimento de um novo turismo no canadá : A caça às focas.

Não está em causa matar animais, acredito que por vezes isso seja necessário; A forma como é feita, in loco, em massa e à cacetada é que é de arrepiar e até sentir vergonha de pertencer a uma espécie chamada humana.
(Carlos, não respondi, mas tocou fundo.)

Só há uma coisa que mexe visceralmente comigo, é o uso de violência gratuita perante seres indefesos, e nesse grupo incluo os animais.

Não consigo ficar em silêncio perante tais atrocidades.
Lamento pertencer a uma espécie
que empanturra gansos em condições atrozes até o seu fígado se tornar doente e ‘delicioso’,
que acha piada espetar farpas no dorso de um toiro,
que desencadeia lutas de animais para seu belo prazer,
que se delicia a ver as imagens do 'National Geografic' alegando ser cultural,
que abandona o seu fiel amigo na berma duma estrada....
Enfim, que mata, gosta de ver matar, por prazer ou ligeireza, sem o mínimo de respeito pelo sofrimento alheio.


O que vai na cabeça do ser humano? Será que não tem percepção do que faz?

quarta-feira, novembro 08, 2006

CCB Versus F.C.Gulbenkian







Há já uns tempos que não me dedicava à cultura, aconteceu neste fim de semana, num só dia fui a 2 eventos e não pude deixar de fazer um paralelo.
Enquanto na Gulbenkian encontrei um preço simbólico, bar aberto com oferta de águas e cafés, instalações bem conservadas e casas de banho irrepreensíveis, deparo-me no CCB com portas que teimam em não abrir pelo inchaço da madeira, casas de banho de bradar aos céus, preços inflacionados (4€ por uma talassa, vendida a 1€ na costa), instalações já com visíveis infiltrações….enfim, apesar de construção recente, a acusar já algum desleixo.

No que se terá transformado o CCB quando atingir a idade de F. C.Gulbenkian?
Só me ocorre uma pergunta, será que a diferença está na gestão (privada na Gulbenkian, estatal no CCB) ou no orçamento da cada uma das instituições?

Só gostava de ter acesso às duas contabilidades para soltar a minha má língua ;)

quarta-feira, novembro 01, 2006

Saudades de ti


Chanson d’automne

Les sanglots longs
Des violons
De l'automne
Blessent mon coeur
D'une langueur
Monotone.

Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l'heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure

Et je m'en vais
Au vent mauvais
Qui m'emporte
Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte.
(Verlaine)

Dedicado ao meu pai.